1. Quando escrevo numa folha de papel as respostas de uma qualquer ficha de trabalho necessito de bens económicos que são obtidos após um processo de transformação, a produção.a. Define Produção e Factores de Produção.
Produção: A actividade de combinação dos factores de produção , desempenhada pelo homem, que permite obter bens para a satisfação das necessidades.
Factores de Produção: São as componentes utilizadas na produção de bens que satisfazem as necessidades humanas. De notar que os factores de produção não satisfazem directamente as necessidades humanas.
b. Enumera os factores de produção dando um exemplo para cada um.
Recursos Naturais: Sol, Mar, rios, Subsolo, clima, fauna e a flora.
Trabalho: Homem
Capital: Fabrica, tractor, chave de fendas, camião, roldana....2. Por forma a tomar decisões referentes às quantidades de factores de produção a utilizar no processo produtivo, torna-se necessário criar uma relação técnica representativa da combinação entre os factores de produção e o nível de produção.
a. Como se denomina essa relação?
Função Produção.b. Tendo em conta a definição de isoquanta, explique em que consiste a substituibilidade dos factores de produção?
Isoquanta é uma curva ao longo da qual o nível de produção é constante, independentemente da combinação de de factores produtivos utilizados. Imaginemos que para atingirmos um nível de produção de 1000 necessitamos de empregar 20 unidades de capital e 30 de trabalho. A substituibilidade dos factores de produção diz-nos que para atingir ao mesmo nível de produção podemos reduzir a quantidade de um factor desde que aumentemos suficientemente a quantidade de outro. No exemplo dado poderia ser que para produzir as mesmas 1000 unidades podessemos empregar apenas de 10 unidades de capital desde que o nível de trabalho subisse para 40.

c. Represente graficamente o que é que acontece à fronteira de possibilidades de produção quando o rendimento aumenta o preço do capital baixa.

A Linha verde representa a Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP) que é representado por uma isocusto, ou seja é um recta ao longo da qual o nível de custos não varia para qualquer que seja a combinação de factores produtivos.
Quando o rendimento aumenta isso significa que o vamos ter mais dinheiro para gastar no processo produtivo. Como assumimos que gastamos todo o rendimento existente, então as possibilidades de produção alarga-se de uma forma uniforme. Para qualquer que seja o nível de trabalho posso utilizar mais capital e vice-versa. Passamos então a estar na recta vermelha.
Pl1.L + Pk1.K = C1 (representação algébrica da recta verde)
Pl1.L + Pk1.K = C2 com C2 > C1 (representação algébrica da recta vermelha)
Quando o preço de capital baixa então podemos comprar mais unidades de capital para qualquer que seja o nível de trabalho (Excepção feita quando apenas se utiliza Trabalho). Este movimento é representado pela diferença entre a linha vermelha e a linha pretra.
Pl.L1 + Pk2.K = C2 com Pk2 <>
d. Explique, utilizando representações gráficas, porque é que as isoquantas de uma qualquer função de produção não se podem cruzar.

Pretendemos provar que as isoquantas F1 and F2 não se podem cruzar. Assumimos que os custos são zero e que F2 > F1, ou seja, todos os pontos sobre F2 são preferíveis a todos os pontos sobre F1 dado que o nível de produção é superior em F2.
Contudo por definição de isoquanta o ponto A é igualmente preferível ao ponto B (Estão ambos sobre a isoquanta F1). Posso também dizer que o ponto B é igualmente preferível ao ponto C (estão ambos sobre a isoquanta F2). Logo deveria concluir que o ponto A também era igualmente preferível ao ponto C. Mas o ponto C está sobre a isoquanta F2 e o ponto A sobre a isoquanta F1. Desta forma eu devia preferir C a A e não é isso que se verificar. Logo estamos numa situação impossível. Isto significa que as isoquantas nunca se podem cruzar.
3. Sabemos que o objectivo do produtor é maximizar a produção minimizando os custos. De uma forma técnica procura maximizar a sua produtividade marginal.
a. De uma noção de produtividade.
É a relação estabelecida entre a produção obtida e os factores de produção utilizados num determinado período de tempo.É um indicador de eficiência/eficácia da utilização dos factores de produção.
b. Indica 2 factores que influenciam a produtividade.
Organização do trabalho, Progresso Técnico, Qualificação dos trabalhadores, Motivação, Experiência….
4. Um produtor após tomar todas as decisões referentes ao seu processo produtivo conclui que o nível óptimo de trabalho é de 55 e o de capital é 44.
a.Qual é que será maior, a produtividade média do trabalho ou a produtividade média do capital (em termos físicos)?
Se o nível de produção óptimo for F então:
PML = F/ 55 e PMK = F/ 44.
Qualquer que seja o F temos sempre que:
F/55 <>
Onde PML = Produtividade Média do Trabalho e PMK = Produtividade Média do Capital
Contudo de forma a termos uma análise mais realista utilizamos a produtividade média em termos financeiros.
b. Explique quais as limitações do cálculo da produtividade medida em termos físicos.
As limitações do cálculo da produtividade média em termos físicos são:
· Dificuldade em comparar bens expressos em unidades diferentes.
· Dificuldade em comparar factores de produção com características diferentes.
· Dificuldade em comparar bens do mesmo tipo com qualidades diferentes.
c. Se o preço do capital for 13 e o preço de trabalho for 10, qual é o factor de produção que apresenta a maior produtividade média (em termos financeiros)? Explique a diferença relativamente à resposta 4a.
A Produtividade Média calculada em termos financeiros tem em conta os preços da produção e os preços de factores, ou seja multiplica a quantidade produzida pelo preço de venda do produto, e quantidade de factor utilizado pelo seu preço.
Desta forma temos que:
PML ($) = Produtividade Média Trabalho (em termos financeiros) = Valor da produção / Valor do Trabalho = F. Pf / L.PL
PMK ($) = Produtividade Média Capital (em termos financeiros) = Valor da produção / Valor do Capital= F. Pf / K.PK
Onde F = produção, Pf = Preço dos produtos, L Trabalho, PL = preço do trabalho, K = capital e PK = preço do capital.
Assim a PML ($) = F.Pf/ 55*10 = F.Pf/ 550 e PMK($) = F.Pf / 44*13 = F.Pf/ 572.
Qualquer que seja F e Pf temos que: PML ($) > PMK($).
Conclusão: Quando temos em conta o valor dos factores de produção o Trabalho passa a ser mais produtivo que o capital dado que é um factor mais barato. Como vimos na resposta à pergunta 4a, quando tinhamos apenas em conta os valores físicos dos factores era o capital o factor mais produtivo, o que não representava a realidade.
5. O acréscimo na produção resultante da utilização de mais uma unidade do factor de produção, mantendo constantes as quantidades utilizadas dos outros factores é denominado por produtividade marginal.
a. Explique porque razão a partir de um certo nível de produção já não compensa produzir mais. De um exemplo.
Sempre que aumentamos a quantidade de um factor de produção mantendo o outro fixo os acréscimos de produção são bastante mais significativos numa fase inical. Contudo a partir de um determinado nível esses acréscimo passam a ser descrescentes não compensando por isso a sua utilização.
Por exemplo se o produto final for pintar uma parede, um trabalhador implica que se faça o trabalho a uma dada velocidade, quando colocamos o segundo é possível que se faça ainda mais rápido, contudo pode já não haver espaço para o terceiro, dado que o espaço físico já não lhe permite executar o seu trabalho de forma eficaz. Desta forma produtividade marginal do 3 trabalhador e inferior à do 2. Significa que a partir de 2 trabalhodores a produtividade marginal do trabalho é decrescente não sendo por isso rentável acrescentar mais trabalhadores.
6. Muitas vezes a forma como resolvemos os problemas económicos varia consoante estamos no Curto Prazo ou no Longo Prazo.
a. Explica a diferença entre uma análise de Curto Prazo e de Longo Prazo?
Curto Prazo: Apenas podemos variar um factor produtivo e representa um horizonte temporal inferior a um ano.
Longo Prazo: Podemos variar todos os factores produtivos e representa um horizonte temporal superior a um ano.
b. Defina Custos Fixos e Custos Variáveis dando 2 exemplos para cada.
Custos Fixos não variam com a quantidade produzida. Ex: Aluguer da fábrica, encargos com trabalhadores efectivos.
Custos Variaveis variam com a quantidade produzida. Ex: Electricidade, manutenção das máquinas.
Imagine que para o nível de produção 1200 os custos totais foram 30000 Euros e para o nível de produção 1500 foi de 33300.
c. Qual foi a variação dos Custos Fixos e dos Custos Variáveis?
A variação dos Custos Fixos é de nula de acordo com a própria definição.
A variação dos custos variáveis é igual à variação dos custos totais (33000 – 30000 = 3300).
d. Represente graficamente o nível óptimo de produção de uma qualquer empresa tendo como base os Custos médios e justifique a sua resposta.

Quando a quantidade produzida (y) é reduzida os custos médios são muito elevados porque existem custos fixos que devem ser repartidos por um pequeno número de unidades.
Há medida que vamos aumentado a quantidade produzida os custos fixos vão-se diluindo pelas várias unidades produzidas, sobrecarregando menos cada uma dessas unidades.
Assim no mínimo dos custos médios atingimos a combinação óptima dos factores produtivos (Estamos numa análise de longo prazo, ajustando por isso as quantidades de todos os factores de produção).
Se aumentarmos a produção para lá do mínimos dos Custos Médios estamos já a entrar numa área de ineficiencia onde a utilização dos factores produtivos de forma não óptima provoca um aumento desses mesmos custos. A unidade de produção (Ex: fábrica) ultrapassa a sua capacidade máxima.
7. Indique se é Verdadeira (V) ou Falso (F):
a. No longo prazo, apenas a quantidade de factor capital pode ser ajustada para responder às necessidades do mercado do consumidor. (F)
b. As economias de escala ocorrem devido à redução dos custos médios unitários que proporcionam o desenvolvimento tecnológico. (F)
c. As deseconomias de escala acontecem quando os custos médios de produção aumentam em resultado do aunento da dimensão das unidades de produção. (V)
d. O número optimo de unidades a produzir corresponde ao ponto de inversão no comportamento do custo médio total. (V)
e. As economias de escala são ilimitadas. (F)
f. A produção em série é um dos factores que proporcionam as deseconomias de escala. (F)